Educação, mais do que renda,
determina a inclusão digital no Brasil, diz pesquisa
A chance de um brasileiro com nível
superior acessar a internet é cem vezes maior do que a de um analfabeto
Da revista Ache Seu
Curso
A pesquisa
"Mapa da Inclusão Digital", realizada pelo Centro de Políticas
Sociais da Fundação Getúlio Vargas, com o apoio da Fundação Telefônica/Vivo, e
divulgada ontem, mostrou que a exclusão digital do brasileiro é determinada
muito mais pela escolaridade que ele tem do que pela renda.
Segundo a
pesquisa, coordenada por Marcelo Neri, "educação é a grande variável que
determina a diferença no acesso, mais do que as faixas de renda. A chance de
uma pessoa com pelo menos superior incompleto acessar a rede é de 100,8 vezes
maior que a de um analfabeto, e mesmo 6 vezes maior do que aqueles com pelo
menos ensino médio incompleto.".
Na avaliação por
faixa de renda, a pesquisa aponta que o abismo que exclui os mais pobres do
acesso à internet, embora grande, mostrou-se menor do que aquele que exclui os
que não têm estudo: "A chance de acesso de alguém da classe AB é 11,8
vezes superior a alguém da classe E e 4,5 vezes aquelas de alguém da classe
C."
A pesquisa também
verificou que uma pessoa nas metrópoles apresenta 50% a mais de chances do que
nas demais áreas urbanas de estar conectado. Além disso, homens têm 118% a mais
de chances de estarem conectados do que mulheres. De qualquer forma, de modo
geral o acesso tem crescido no país, pois a pesquisa verificou que atualmente a
chance de um brasileiro estar conectado é 152,4% superior àquela observada três
anos antes.
É interessante
constatar também que a exclusão não se dá necessariamente por falta de acesso.
O motivo mais freqüente para não acessar a rede foi o de que a pessoa não quis
ou não achou necessário (33,14%), e o segundo o de que não sabia (31,45%). O
terceiro motivo apontado foi o de falta de acesso ao computador (29,79%)
O estudo foi
realizado a partir dos partir dos microdados da Pesquisa Nacional por Amostras
de Domicílio (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE),
Leia o estudo completo aqui.
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