Educação a distância cresce no Brasil

A modalidade EaD é a opção de um em cada cinco estudantes

A Educação a Distância é a modalidade de ensino que mais cresce no País. De acordo com o MEC (Ministério da Educação), o estilo de aprendizado é opção de 20% dos estudantes matriculados no Ensino Superior. O último Censo da Educação Superior do MEC indica a existência de 1.200 cursos a distância no País (1,2 milhão de alunos) e aumento de 3,57% no número de matrículas entre 2012 e 2013.

Um dos impulsionadores do ensino a distância é a oferta de cursos livres e o avanço da educação corporativa, considera o especial em EaD, Luciano Sathler. “Se somarmos a quantidade de pessoas matriculadas nos cursos livres, que foi absurda em 2013, e na pós-graduação a distância, temos quase 3 milhões de alunos nesta modalidade.”

Outro ponto positivo destacado pelo especialista é o fato de brasileiros ocuparem a terceira colocação entre os estudantes que aderem aos Moocs (cursos on-line gratuitos e massivos, em livre tradução) em todo o mundo. Neste caso, os mais populares são o EDX (plataforma criada pelas universidades norte-americanas de Harvard e Massachusetts Institute of Tecnology) e o Coursera, que no Brasil tem parceria com a Fundação Leman para tradução do conteúdo ofertado por 62 universidades. “É algo surpreendente porque mostra que o estudante está disposto a procurar a informação”, comenta.

O avanço da Educação a distância deve caminhar ao lado da evolução tecnológica, destaca Sathler. “Acreditamos que vai chegar o ponto em que não vamos mais conseguir distinguir a instituição de ensino da modalidade. A tendência é que o curso presencial incorpore elementos da tecnologia com o tempo.” Na prática, o cenário já vem sendo observado com a inclusão digital dentro das graduações. No caso de Medicina, por exemplo, já são utilizados simuladores para estudo da anatomia humana.

A reitora da Universidade Interamericana de Porto Rico, Vilma Colon, defende que a pedagogia virtual deve ser trabalho de equipe, tendo em vista a necessidade de investimento em grupos que cuidem para que o conhecimento seja colocado a favor do aluno. Isso porque, de acordo com a educadora, o perfil do estudante atual é diferente do observado há alguns anos. “A incorporação da tecnologia no ambiente acadêmico é um processo sem volta.”

Adaptado de: Diário do Grande ABC

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